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Tradições
As festas e romarias, promotoras de convívio e alegria são, nesta freguesia, muito importantes para o povo, que as vive com intensidade. Sendo a sua maioria religiosas, elas exaltam o fervor da sua fé nos seus santos de eleição, dedicando-lhe as festividades como forma de agradecimento. Assim, na aldeia de Palaçoulo realizam-se a festa de São Sebastião, no domingo mais próximo do dia 20 de Janeiro; a festa de são Miguel, Padroeiro da freguesia, no Domingo mais próximo do dia 8 de Maio; a festa de Nossa Senhora do Rosário, num dos domingos do mês de Maio depois do dia 20; a festa de Nossa Senhora do Carrasco no dia 15 de Agosto; a festa de Nossa Senhora do Rosário nos dias 28, 29, 30,e 31 de Agosto e nos dias 1 e 2 de Setembro; e a festa de Santa Bárbara, no Domingo mais próximo a seguir ao dia 15 de Setembro, que é animada pelos Pauliteiros com os seus trajes Tradicionais.
Na Aldeia de Prado Gatão, são levadas a cabo as seguintes actividades: Festa de Santa Bárbara, no dia 8 de Agosto; Festa de Nossa Senhora do Rosário, no dia 16 de Agosto, animada pelos pauliteiros da aldeia; e Festa de Santa Isabel, padroeira desta aldeia, no dia 7 de Julho.

A realização das feiras é, também, muito importante para o convívio dos populares e para troca e venda de produtos que impulsionam o desenvolvimento económico da freguesia. Desta feita, há a realização de uma feira mensal, no dia 27 de cada mês, excepto se este for a um, domingo passando assim para o dia anterior. Esta feira tinha uma grande dimensão no passado, sobretudo na transacção de gado, sendo frequentada por negociantes de quase todos os pontos do país. Actualmente, perdeu a expressão dominante que tinha antigamente. Para alem desta feira, realiza-se também a feira Anual, no dia 27 de Agosto, tendo sido realizada apenas duas vezes. É uma feira diferente da mensal, com exposição dos mais diferentes produtos, como maquinaria agrícola artesanato, cutelarias, produtos agrícolas, publicidade e outros artigos.

As danças e cantares, usados no passado como meio de distracção depois de um longo dia de trabalho, expressam a alegria e a tristeza do povo, a sua forma de vida, a sua forma de estar. Os Pauliteiros da freguesia ajudam a perpetuar estas danças e cantares de épocas tão antigas, através de actuações na festa de Santa Bárbara e em actuações pelo país fora. Nestas ocasiões são apresentadas danças como: “Ofícios”, “Padre António”, “Castelo”, “Castelo”, “Mirandum”, “Campanitas de Tolero”, “Bicha ”, entre outros. Entre as músicas apresentadas por este grupo encontra-se uma consagrada à freguesia, que se encontra abaixo transcrita:

Hino de Palaçoulo
Palaçoulo, adonde bás
Cun tanto porgresso, tanto
Que yá sós i mais serás
La tierra de l mui ancanto

Coro
Nossa tierra mirandesa
Nuosso rincon sim eigual,
Sós tan çfrente na beleza
De quando hai na Pertugal!

Cun palicos a bater
Tenemos danças antigas
I mocicas que hai que ber
Báilan i cántan cantigas!

Yé honra i pruoa pr’a nós
Nuossa fala mirandesa,
Lhiéngua de ls nuossos abós,
Harmana d’la pertuguesa.

Este grupo de Pauliteiros perpetua, do mesmo modo, os trajes característicos da freguesia, que eram usados nos Invernos frios de trás-os-Montes e que, no caso do grupo, são compostos por jaleque, botas de cabedal, meias de lã fiada, chapéu com penacho, camisa de linho ensopado e fiado, cinto lenços e Saia, o que os tornam genuínos. Os trajes de antigamente eram constituídos por saias de burel, camisas de linhoc calças e capotes pardo e capas de honra de burel. Como é de calcular, estes trajes eram de fabrico artesanal, manufacturados nos teares nas casas de quem os usava, e confeccionados nas máquinas de costura da época. A matéria prima era a lâ pura, fiada nas rocas pelas mulheres de então.

Outra das tradições ainda viva na freguesia são os jogos tradicionais, que no passado eram praticados em tardes de lazer, como forma de convívio, de relacionamento e fundamentalmente, de diversão. Os jogos que ainda hoje se praticam esse encontram, indubitavelmente, na memória dos mais velhos, são o Jogo da Pedra, o Chincalhão, o Burro, e os seguintes:

Bisca dos nove
A bisca é um jogo de cartas em que participam dois jogadores. É jogado com um baralho comum de cinquenta e duas cartas. O jogador que tirar a carta mais alta distribui as cartas, que antes devem ser embaralhadas e dadas a cortar. São distribuídas 9 cartas para cada jogador, a décima nona carta é virada com a face para cima e determina qual o naipe que será o trunfo. Ao lado do trunfo coloca-se o restante baralho com a face para baixo. Inicia-se o jogo. Depois de fazerem uma jogada, os jogadores têm que “comprar” uma carta no baralho, comprando cada um a sua carta até que o baralho se acabe. O objectivo do jogo é ganhar cartas que valem pontos. Assim, as cartas valem: ás, 11 pontos; sete, 10 pontos: rei, 4 pontos; valete, 3 pontos; dama, 2 pontos; 6, 5, 4, 3 e 2 valem zero pontos.

Jogo do Ferro
Este jogo tem bastantes semelhanças com a célebre modalidade olímpica conhecida como lançamento do dardo. Isto porque para jogar era necessário ter aquilo que se consignou designar por ferro de alavanca, ou seja um ferro com aproximadamente 1.50 metros. Depois de ser lançado, tinha de ficar espetado no chão e inclinado para a frente, pois só desta forma o ponto considerado válido. Ao jogador que atingisse a maior distancia estava destinada a vitória.

Sueca
A Sueca é um jogo de cartas em que participam 4 jogadores, dois contra dois, com os parceiros sentados frente a frente. O baralho tem somente 40 cartas, sendo removidos os oito os nove os dez. O objectivo é ganhar cartas que valem pontos. Assim as cartas valem: ás, 11 pontos; sete, 10 pontos: rei, 4 pontos; valete, 3 pontos; dama, 2 pontos; 6, 5, 4, 3 e 2 valem zero pontos. Há 120 pontos somados no baralho.
O jogador que começa foi aquele que baralhou o baralho. Os outros jogadores devem seguir o naipe escolhido pelo primeiro jogador. Aquele que não tiver cartas do naipe puxado pode jogar cartas de qualquer outro naipe, incluindo o trunfo. A carta mais alta do naipe, ou o trunfo mais alto, ganha a jogada. O participante que ganhou puxa o próximo naipe.

Jogo do Fito
Este é jogado com malhas de pedra, com as posições de contagem 25-30 metros, sendo os extremos chamados de terreiro.

Jogo da Barra ou Relha
Este jogo é jogado com uma peça de ferro, de peso variável, sendo o seu lançamento feito a pulso e com os pés assentes na terra, a partir de uma linha física.

Jogo da Malha
A malha deve jogar-se á distancia oficial de 25 metros, as equipas são sorteadas quinze minutos antes do inicio do jogo e começa o jogo a equipa que tiver sido sorteada em primeiro lugar.
As equipas mudam de campo sempre que se iniciar uma nova partida. A segunda e terceira partidas são começadas pela equipa que perdeu a anterior. Cada jogo termina quando são completas três partidas.
A pontuação distribui-se da seguinte forma: são contados seis pontos para cada derrube de pinoco; após 4 lançamentos, contam-se três pontos para a equipa que tiver a malha mais próxima pinoco; de cada vez que se vencer uma partida conta-se 3 pontos.

 
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